Ano: 2000
Autor(es): Maria de Lourdes Rangel Tura
Editora: Vozes
Número de Páginas: 211
ISBN: 8532623484
Apresentação:
A sala de aula, os diferentes espaços da escola, esse local de circulação de culturas, comunicação social, interação entre gerações e grupos sociais foi bem imaginado e ilustrado em relatos de diferentes textos literários e cinematográficos. No campo da teoria social e pedagógica também muito se tem produzido sobre esse objeto de estudo, por tudo que ele condensa de fundamental no entendimento de mecanismos propiciadores de regulação e controle na sociedade moderna. É este o locus da investigação apresentada neste livro, que faz interatuar diferentes identidades e culturas, convivendo no interior de um colégio da rede pública municipal do Rio de Janeiro com o rígido formalismo de sua organização, seus mitos e ritos de iniciação, que pretendem instaurar uma certa homogeneidade de saberes, posturas e sentimentos. A escola não está falida, como pretendem alguns, pois ela mantém atuante sua posição na circulação e distribuição de um importante capital simbólico representado pelos conhecimentos escolares. Nela se produzem e reproduzem subjetividades e se legitimam autorizações, interdições e privilégios profissionais. O olhar que não quer ver: histórias da escola traz para o leitor narrativas deste ambiente cultural ativo e reativo, rico em possibilidades e que, por isso, é múltiplo e profundamente inserido em seu tempo, assim como na construção da história de um povo e na busca de sentidos para viver.
Sumário: Introdução [9] Capítulo 1: Um estranho se interpõe na cultura discente [31] 1. O que o/a jovem traz em sua mala? [36] 2. As providências dos tios [37] 3. Os conselhos dos tios [39] 4. A conversa com o/a jovem que vinha do interior [40] Capítulo 2: Histórias do campo [47] 1. A cultura docente [51] 1.1 A visão docente sobre a administração pública da escola [51] 1.2 A visão docente sobre a educação escolar [58] 2. A cultura discente [89] 2.1 Os diferentes estilos e a convivência entre pares [90] 2.2 Os sentidos da circulação restrita e as diferenças de oportunidades [96] 2.3 As regras de convivência e sua função socializadora [107] 3. A circularidade entre as culturas docente e discente [113] 3.1 A disciplinarização e os mecanismos de reprodução social [113] 3.2 As regras de aproximação e afastamento [122] 3.3 Os sentidos mobilizados nos encontros e desencontros entre alunos e professores [128] Capítulo 3: O que dizem os alunos [139] 1. Ir à escola [144] 2. Uma associação de idéias com a palavra escola [146] 3. Aprendizagens e mudanças: a construção de subjetividades [150] 4. A recuperação paralela [163] 5. A visão dos alunos sobre o representante da turma [165] 6. Os candidatos à presidência do grêmio estudantil [171] 7. A escola melhor [173] 8. As responsabilidades do presidente do grêmio [177] 9. Em síntese [178] Conclusões [181] 1. O olhar sem ver [184] 2. O acontecimento [195] 3. Considerações finais [200] Referências bibliográficas [203]
Referências Bibliográficas: