Researches

Políticas de currículo, alfabetização e infância: entre paradoxos e antíteses, renegociando o(s) pacto(s)

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Esta pesquisa trata-se de desdobramento/continuidade da pesquisa “POLÍTICAS DE CURRÍCULO E ALFABETIZAÇÃO: NEGOCIAÇÕES PARA ALÉM DE UM PACTO” (CNPQ/PQ, FAPERJ, 2016; UERJ/FAPERJ, 2015) que tinha como foco a análise do Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa – PNAIC (MEC, 2012) observando-a não como política de formação de professores apenas, mas também como estratégia de produção curricular, a partir da percepção das imbricações entre formação de professores e políticas curriculares. Em meio a trajetória da pesquisa, agudizam-se os processos de produção das Bases Nacionais Comuns Curriculares (BNCC) e os efeitos dessa política nacional na produção de outras políticas. Aqui destaco o nacional intencionalmente por ser esse um dos maiores impactos da mesma: uma vez que se coloca como matriz única de formulação de propostas curriculares. Tomando o ciclo de alfabetização institucionalizado a partir das resoluções referentes a ampliação do ensino fundamental para 9 anos como mote de problematização – o que se consolida com a proposição do PNAIC – torna-se importante observar como diferentes políticas tematizam a questão, por vezes colidindo nas perspectivas que defendem ou construindo paradoxos nas proposições que fazem. Entre antíteses e paradoxos, atentando para as questões que envolvem a formação de alfabetizadores e as políticas curriculares recentes, esse estudo objetiva discutir sentidos que se depreendem da articulação de diferentes políticas educacionais que focalizam a alfabetização, em diferentes dimensões, mas que se implicam e interpenetram, analisando a trajetórias de políticas que voltam-se para a alfabetização, como o PNAIC e a BNCC, na articulação com a Política Nacional para Alfabetização (2019), recém lançada pela Ministério da Educação e na própria reestruturação do mesmo com a criação da Secretaria de Alfabetização (SEALF), indicando a centralidade da temática no âmbito da proposição de políticas públicas de educação.  Argumenta-se que o deslocamento/deslizamento de significantes como currículo, alfabetização, educação infantil, conhecimento, formação nos documentos das diferentes políticas postas em análise se articulam na produção de um discurso pedagógico que significa o investimento numa dada perspectiva de prática pedagógica alfabetizadora, articulação que cria demandas para a produção curricular cotidiana tanto na educação infantil quanto nos anos iniciais do ensino fundamental. Tal proposta se faz assentada com base nas teorizações de Laclau (2011) e Bhabha(2001) acerca da produtividade e movimento de articulação discursiva na significação política, defendendo que essas se constituem na ambivalência discursiva que torna o político possível e se desenvolve assentada numa concepção de currículo enredada no diálogo com Bhabha (2001) e Derrida (2011), como enunciação cultural no terreno do indecidível.


Início: 2019

Coordenador(es): Rita de Cássia Frangella

Financiamentos:
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