Researches

Políticas de currículo e infância: entre paradoxos e antíteses, renegociando o(s) pacto(s)

Sorry, this entry is only available in Brazilian Portuguese. For the sake of viewer convenience, the content is shown below in the alternative language. You may click the link to switch the active language.

Esta pesquisa trata-se de desdobramento/continuidade da pesquisa “POLÍTICAS DE CURRÍCULO E ALFABETIZAÇÃO: NEGOCIAÇÕES PARA ALÉM DE UM PACTO” (CNPQ, FAPERJ) que tinha como foco a análise do Pacto Nacional de Alfabetização na Idade Certa – PNAIC (MEC, 2012) observando-a não como política de formação de professores apenas, mas também como estratégia de produção curricular, a partir da percepção das imbricações entre formação de professores e políticas curriculares. Em meio a trajetória da pesquisa, agudizam-se os processos de produção das Bases Nacionais Comuns Curriculares (BNCC) e os efeitos dessa política nacional na produção de outras políticas. Aqui destaco o nacional intencionalmente por ser esse um dos maiores impactos da mesma: uma vez que se coloca como matriz única de formulação de propostas curriculares. Tomando o ciclo de alfabetização institucionalizado a partir das resoluções referentes a ampliação do ensino fundamental para 9 anos como mote de problematização – o que se consolida com a proposição do PNAIC – torna-se importante observar como diferentes políticas tematizam a questão, por vezes colidindo nas perspectivas que defendem ou construindo paradoxos nas proposições que fazem. Entre antíteses e paradoxos, atentando para as questões que envolvem a formação de alfabetizadores e as políticas curriculares recentes,  põem-se em análise as reconfigurações do PNAIC que, a partir de 2017, inclui também no seu escopo de ação a educação infantil, discutindo como esse Pacto é renegociado também a partir da Base Nacional Comum Curricular/BNCC (2015), cotejando-os em como inferem sobre a ideia do ciclo de alfabetização, observando sentidos que se depreendem da articulação de diferentes políticas educacionais que focalizam a alfabetização, em diferentes dimensões, mas que se implicam e interpenetram. Assim, argumenta-se que o deslocamento/deslizamento de significantes como alfabetização, educação infantil, ciclo, avaliação, conhecimento na análise do próprio entendimento de ciclo de alfabetização observado nos documentos das diferentes políticas postas em análise se articulam na produção de um discurso pedagógico que significa o investimento numa dada perspectiva de prática pedagógica alfabetizadora, articulação que cria demandas para a produção curricular cotidiana tanto na educação infantil quanto nos anos iniciais do ensino fundamental. Tal proposta se faz assentada com base nas teorizações de Laclau (2011) Bhabha (2003), acerca da produtividade e movimento de articulação discursiva na significação política, defendendo que essas se constituem na ambivalência discursiva que torna o político possível.


Início: 2018

Coordenador(es): Rita de Cássia Frangella

Financiamentos:
Outros financiamentos: Prociência - Uerj
Compartilhe esta página: