Researches

SE O CURRÍCULO NÃO TEM FUNDAMENTOS FIXOS. SE APRENDER É ACONTECIMENTO, COMO AVALIAR?

Sorry, this entry is only available in Brazilian Portuguese. For the sake of viewer convenience, the content is shown below in the alternative language. You may click the link to switch the active language.

O argumento principal que organiza os estudos que venho desenvolvendo é o de que concepções realistas de conhecimento favorecem a produção de verdades sobre a escola e os processos de escolarização. A naturalização dessas verdades contribui para a legitimação de discursos e práticas excludentes em todos os níveis dos processos de escolarização. Esse estudo, motivado por reflexões suscitadas no desenvolvimento do projeto anterior Atem como objetivo pensar a avaliação da e para as aprendizagens a partir de aportes pós-estruturalista e pós-fundacionalista. Trata-se de assumir uma perspectiva discursiva para problematizar a articulação conhecimento-currículo-avaliação sustentada em bases realistas que favorecem a sedimentação de sentidos de escolarização que orientam as práticas avaliativas nas escolas. No estudo o conhecimento é assumido como produção discursiva que se processa no campo de disputas pelo poder. Uma compreensão de conhecimento que sustenta a concepção de currículo como espaçotempo de enunciação cultural. A partir dessas reflexões o aprender é assumido como processo singular de subjetivação que não pode ser definitivamente controlado ou submetido a regras definidas a priori. O aprender como acontecimento derridiano, como aquilo que escapa às tentativas de calculabilidade. O desafio então é pensar a avaliação como ação pedagógica necessária, mas sempre arbitrária e contingente. Ação que para ser justa, não deve se contentar com a aplicação das normas ou regras existentes, mas assumir o risco absoluto, em cada situação singular de aprendizagem.


Início: 2020

Coordenador(es): Talita Vidal Pereira

Financiamentos:
Compartilhe esta página: